Christian Dior – Couture Inv. 2015 – Da Igreja para Ibiza

Esta colecção da Dior foi para mim um pouco confusa e se havia looks que eram reminiscências da herança e tradição desta casa de alta costura, havia muitas outras peças que pareciam desenquadradas deste imaginário, mas esse foi o objectivo do director criativo da Dior, o designer Raf Simons. O designer descreveu a colecção como uma tentativa de desconstruir determinados elementos do ADN da marca, e isto este bem patente no design conceptual e construtiva dos casacos com apenas uma manga, apenas foi pena que esta peça se repetisse tanto em varias versões durante toda a colecção.

Segundo a Dior esta colecção teve como inspiração dois temas paradoxais, o ambiente sereno e melancólico de um jardim de Igreja, que esteve presente na colecção através dos vestidos esvoaçantes em seda branca assim como nos detalhes em malha metálica e estampados que nos remetiam para as flores ou os vitrais de uma Igreja, mas também na utilização da cor azul royal e do roxo. Sendo que o segundo tema de inspiração não poderia ser mais oposto, tendo como conceito a vibração de um Club ou festa nocturna em Ibiza, levando a colecção numa viagem alucinogénica de proporções, cores e corte assimétricos, passando pela reinvenção de alguns looks clássicos da casa Dior ao longo das décadas de uma forma muito subliminar.

Apesar desta mistura temática inusitada o resultado foi brilhante, sendo que os casacos foram a peça chave desta colecção. Apesar de eu adorar o conceito e o design conceptual e assimétrico destes casacos, não sei se gostei do resultado final dos mesmos, ou esta minha opinião poderá ser devida apenas ao facto de os mesmo serem uma constate durante todo o desfile.

 

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